segunda-feira, 25 de junho de 2012

MPF pede anulação de processo seletivo do Sisu para 2º semestre

E aí dilma?
O Ministério Público Federal no Ceará ingressou com ação civil pública pedindo anulação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre de 2012. Segundo o procurador da República Oscar Costa Filho, a realização de um novo processo seletivo prejudica candidatos que já estavam inscritos no Sisu e a possibilidade de alunos matriculados concorrerem novamente pode estar favorecendo um esquema de comercialização de vagas em universidades.
O Ministério da Educação diz estar ''absolutamente seguro do processo transparente e republicano do Sisu'' e que "confia que a Justiça brasileira vai assegurar o acesso democrático à universidade pública federal''.
"Se há novas vagas, elas deveriam ser preenchidas por candidatos que estavam inscritos no primeiro Sisu e obedecendo a ordem de classificação", afirma Oscar Costa Filho. De acordo com ele, a participação de estudantes contemplados anteriormente com vagas fere a isonomia entre os candidatos e desconsidera a ordem de classificação consolidada no Sisu realizado no início do ano.
Segundo MPF, a manutenção da regra pode ainda favorecer o esquema de comercialização de vagas alvo de investigação do Ministério Público Federal. Segundo o MPF, alunos estão abandonando cursos, deixando vagas ociosas, com o objetivo de beneficiar terceiros que não fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou ficaram mal classificados no Sisu.
A existência desse suposto esquema de compras de vagas motivou a instauração de dois procedimentos administrativos pelo MPF. O órgão quer elucidar a ocupação de 17 vagas no curso de Medicina da Universidade Federal no Ceará (UFC) por estudantes transferidos de outras instituições ou beneficiados por decisões judiciais. Casos semelhantes também foram denunciados na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
O Ministério da Educação diz que o procurador já impetrou mais de 10 representações, todas recusadas pela magistratura e "confia que a Justiça brasileira vai assegurar o acesso democrático à universidade pública federal''.
 Fonte: G1

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